Por Naara Oliveira
“ Excesso na comida e na bebida” ( Amora, Soares. Ed. Saraiva. p 343.)
Essa é a definição para um dos sete pecados capitais mais temidos por nossa sociedade estética, porém um dos que mais ganha força em sua jornada e proliferação mundial.
Comer não é pecado, mas o seu excesso com voracidade, a gula, segundo os ensinamentos cristãos, sim. Mas será que é verdade?
O surgimento de redes de fast food e restaurantes para todos os tipos e gostos, provam a cada dia que a arte de comer bem faz parte da nossa formação social, mas isso pode se transformar em pesadelo quando os indivíduos passam a comer não pela necessidade e sim pelo que estão vendo, pela mesa farta e bela. Daí, o crescente número de obesos não apenas no país, mas no mundo.
Comer bem (muito) não é hobby apenas para os indivíduos na era do bluetooth, nem da internet, nem do carro flex, nem do Maurício de Souza e sua Magali. Essa ”cultura da gula” vem desde os primórdios, desde a idade média, onde comer muito era uma constante. Os romanos, por exemplo, povos festivos que frequentava mais de uma festa por dia e como regra, teriam que experimentar de todas as iguarias servidas pelo anfitrião, caso isso não ocorresse, seria uma ofensa ao dono da festividade. E os gregos, que por qualquer coisa realizam festas regadas de comidas e bebidas. Concluímos então, que povos e culturas que honram a comida não são escassos na historia do nosso planeta.
E porque comer seria pecado? Teólogos, educadores, médicos e afins emitem suas opiniões quando o assunto é gula. Para Marcos Gusmão, Teólogo, a gula separa realmente o homem de Deus. Já a Pedagoga Conceição França, enxerga a gula como falta de informação. E o Cirurgião bariatrico, Gilberto Pagnossin, diz que a gula é um distúrbio psíquico que afeta gravemente o corpo.
Com três pontos de vista assim, resta saber de você: Gula é pecado? Ou é apenas uma imposição da igreja para regimentar nossas vidas e prazeres?